
Cendhec: 35 anos de luta
Em justiça social e resistência, o Centro Dom Helder Camara de Estudos e Ação Social completa 35 anos de atuação neste 2 de novembro. A organização tem como inspiração na trajetória pelos direitos humanos Dom Helder, o Dom da Paz, e assim, a atuação encontra o sonho como finalidade em eterno movimento e o caminhar como aprendizado constante.
Sensível às transformações, que já fazem parte do cotidiano do Cendhec, a entidade divulga atualizações vividas em 2024.
Hoje, chega ao mundo a nova logomarca e missão, ampliando ainda mais o foco de atuação. O caminho segue pela defesa e promoção dos Direitos Humanos, em especial de crianças, adolescentes, juventudes, mulheres, comunidades e territórios em situação de vulnerabilidade, a partir da perspectiva interseccional, contribuindo para a transformação social rumo a uma sociedade democrática, equitativa, sem violência, com justiça ambiental e que respeite as diversidades de gênero, classe, raça, etnia e religião.
Refletindo o caminhar nessa história de mais de três décadas pelos direitos humanos, neste ano, o Cendhec realizou a Ocupação Dom Helder – Campanha Eu Defendo. A ação é uma série de atividades que foi iniciada no Ato do Grito dos Excluídos, no dia 7 de setembro, ao lado de companheiros e companheiras de luta. Neste encontro, a equipe da entidade levou às ruas do Centro do Recife, bottons e adesivos que reivindicam as pautas sociais que a atravessam. A distribuição dos materiais alcançou entidades de direitos humanos, entidades de comunicação, coletivos, apoiadores, parceiros e público em geral.


A Ocupação tem como campanha “Eu defendo direitos”, nesse sentido foram destacadas doze causas sociais e símbolos da luta. São esses os temas que a instituição visou negritar em “eu defendo…”: direitos, democracia, população negra, juventudes pretas vivas, mulheres e meninas, crianças e adolescentes, justiça socioambiental, povos originários, igualdade e diversidade de gênero, cidades seguras e dignas, pretas no poder e povos de terreiro.

O novo site do Cendhec também reflete esse caminhar. Demarcando como grandes novidades e importantes passos, além das seções conhecidas, foi inaugurado o Histórias de Vidas, que apresenta narrativas de pessoas que foram impactadas pela organização. Além disso, a nova interface e adição das sessões: “Artigos”, que chegam como um espaço em que integrantes discutem temas relevantes para a sociedade; e “Doação”, uma parceria entre a sustentabilidade institucional e a comunicação. Dessa parceria foi elaborado um plano de distribuição de kits destinados a apoiadores da instituição e comunicadores atuantes pelos direitos humanos, contendo bottons, cartazes, bandeira com rosto de Dom Helder e publicações do Cendhec.
Nesse tempo, possível de calcular em calendários mas incontável sob o sol, nos guiamos como os vaga-lumes de Pasolini, resistindo aos golpes tortos e tortuosos, duelando contra a invisibilidade e o preconceito que teima em empurrar tantas populações para um estado de opacidade.
Nos fortalecemos a cada nesga de lúmen oferecida por tantas/os companheiras/os dessa travessia potente e transformadora. Não caminhamos sós, a resistência do vaga-lume reside justo na sua capacidade de coletividade.
Finquemos nossa força na humanidade. E para nutrir essa pulsão nos alimentemos de poesia, outro substantivo feminino: “Amorizar o mundo, amorizar a vida! Sem medo” (Dom Helder Camara – nossa maior inspiração, um ser que já foi humano e hoje é etéreo em luz e sabedoria infinita).
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